Não é nosso objectivo falar da história de África e da Lunda nesta curta abordagem, por condicionalismos, somos obrigados a tratar deste assunto desde o início desta matéria sobre a África Pré-colonial, para depois chegar à questão da Lunda em poucas linhas.
África
Pré – colonial foi um período caracterizado pelos reinados, cultura, exportações,
fortuna e construções grandiosas que são milenares.
Neste
período o reino da Lunda ou império do Muatianvua é um facto real sobre a sua existência,
não é uma invenção dos atuais Lundas.
Segue
lista de alguns reinos e impérios que foram erguidos durante a África
Pré-colonial: EGIPTO, CARTAGO, KUSH/KUXE,
WOLOF, GHANA, MALI, ASHANTI, SONGHAY, YORUBA, KANEM – BERNU, ETIOPIA, BUGANDA, RWANDA,
LUBA, LUNDA / Muatianvua, CONGO, LOZI, AXUM, MALAWI, KILWA, MONOMOTAPA, MARINA,
ZULU, etc.
AFRICA COLONIAL
E A CONFERÊNCIA DE BERLIM 1884 – 1885.
A
conferência de Berlim não é o ponto de partida para a constituição do Reino da
Lunda ou a criação do seu estado, mas sim um marco histórico importante, porque
os governantes angolanos dizem que eles herdaram as fronteiras que foram
trançadas nesta conferencia do século XIX como tabua de salvação a colonização
actual da Lunda Tchokwe.
·
A Conferência de
Berlim decorreu entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de Fevereiro de 1885.
·
Participaram nesta
conferência 14 países, entre os quais Portugal, incluindo alguns Estados que
não dispunham de colónias, como foi o caso dos países escandinavos e dos EUA.
·
Três pontos
principais constituíram a agenda da Conferência: (1) a liberdade de comércio em toda a bacia do Zaire e sua foz; (2) a aplicação dos princípios do
Congresso de Viena quanto à navegação nos rios internacionais (entre outros, do
Níger); (3) a definição de “regras
uniformes nas relações internacionais relativamente às ocupações que poderão
realizar-se no futuro nas costas do continente africano”; (4) estatuir sobre o tráfico de escravos.
·
Esta Conferência
foi uma das mais importantes realizadas na segunda metade do século XIX,
visando, entre outras questões, regular o Direito Internacional Colonial.
·
A questão mais
importante para Portugal foi o conteúdo do Capítulo VI do Acto Geral de Berlim,
com a “declaração relativa às condições essenciais a preencher para que as
novas ocupações na costa do continente africano sejam consideradas efectivas”,
assim como é forçado a reconhecer o princípio da livre navegação dos rios
internacionais.
·
Portugal conseguiu
assegurar dois resultados da Conferência: (1)
Impedir o estabelecimento da “Associação Internacional Africana” na margem
direita do Zaire; (2) a não inclusão
no Acto Geral da referência inglesa à internacionalização do Zambeze.
·
Em 14 de Fevereiro
de 1885 Portugal, por influência britânica, assina uma Convenção para regular
as relações com a “Associação Internacional do Congo”, onde reconhece a
delimitação de fronteiras encontradas pelos seus pares europeus. Em 23 de
Fevereiro, este território viria a constituir o Estado independente do Congo,
recebendo como soberano Leopoldo II da Bélgica.
·
Em 26 de Fevereiro
de 1885 Portugal assina o Acto Geral da Conferência de Berlim.
·
Efetivamente
a Lunda Tchokwe é um país, é uma soberania, é um Estado sob Protectorado de
Portugal – 1885 -1975, que durante os últimos 20 anos esta numa luta pacifica
em busca da sua independência, de autonomia pela reconquista da soberania e da
nossa dignidade no contexto das nações.
Para
atingirmos este objectivo, os Lundas não usamos nem usaremos de meios violentos
armas, que seria vontade e vantagem do regime do MPLA para continuar a nos
oprimir e ceifar vidas inocentes como aconteceu em 2021 em Cafunfo aonde mais
de 106 cidadãos perderam a vida, mas continuaremos a acreditar e a afirmar que única
abordagem valida, em última análise, é o dialogo. As pessoas passam como vento,
mas as instituições mantêm-se para vindouras gerações. Aquilo que hoje não for
reparado será reparado amanha é a lei da vida porque o homem passa, as épocas passam
e fica a historia.
O
MPLA é uma faca traidora de dois gumes, ora fala em dialogar para a resolução
de conflitos em África, aonde João Manuel Gonçalves Lourenço é o campeão da
busca da Paz africana, ao mesmo tempo é o MPLA que usa a violência brutal
selvatica e nega o dialogo.
Lunda
Tchokwe é um país, em sua defesa sob jugo colonial Africano, foi fundado no ano
de 2006 o Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe para que nos
termos de sucessão colectiva e sob fundamento histórico/naturais defender a
nossa Independência.
A
Lunda Tchokwe é um país criado por DEUS, somos parte integrante e, em nobre
defesa da nossa causa Jurídico/Político de tratados bilaterais de Comercio e de
Protectorados de 1885 -1888, celebrados entre o Estado e Governo de Portugal e
os Soberanos Lunda Tchokwe (Muananganas da Corte do Reino Lunda/Estados sob
Império do Muatiânvua dividido entre Portugal, Bélgica e o Reino da Inglaterra)
conforme atesta os tratados e convenções sobre a Lunda números 1,2, 3,4,5,6,7 e
8 respectivamente “DURA LEX SED LEX”.
A
luta pela autodeterminação do Protectorado Português da Lunda Tchokwe para o
fim da colonização Angolana funda-se no reconhecimento Internacional como
território livre e independente fora da ocupação de Portugal como sua colônia,
mas seu protectorado conforme testificado nos tratados celebrados antes e
depois da Conferência de Berlim.
O
reconhecimento Internacional da Lunda Tchokwe tem haver com a convenção de
Lisboa de 25 de Maio de 1891, com ratificações em BRUXELAS (Ver processo completo
da Conferência de Berlim 1884 – 1885), sobre a QUESTÃO OU CONTENCIOSO DA LUNDA 1885-1891, ou a delimitação das
suas fronteiras com a província ultramarina Portuguesa de Angola e o com Estado
Independente do Congo do Rei da Bélgica Leopoldo II.
Este
contencioso sobre a questão da Lunda surgiu na sequência do conhecido “ULTIMATUM DA BÉLGICA” quando no
longínquo domingo dia 10 de Agosto do ano de 1890, o Jornal L'Indépendence
Belge de Bruxelles nº221, edição da noite, escrevia que a Lunda era
parte da Associação Livre do Congo, que a região constituía duodécima província
do Cuango Oriental entre o distrito de Kassai e Lualaba nos termos do acordo de
14 de Fevereiro de 1885 em Berlim e, que a fronteira no Cuango era entre o
Estado Livre do Congo e a colônia de Portugal Angola, confundido estava a
Bélgica e Portugal protestou que Lunda era seu Protectorado.
Duas
Delegações técnicas de trabalho; uma de Portugal chefiada pelo Sr. José Vicente
Barboza du Bocage e outra da Bélgica por parte do Rei Leopoldo II Chefiada pelo
Sr. Édouard de Grelle Rogier trabalharam no terreno para o alinhamento dos
limites entre Angola e a Lunda e entre a Lunda e o Estado Independente do Congo.
A
ACTA de limites na Lunda cuja ratificação entre os técnicos que trabalharam no
terreno teve lugar no dia 26 de Junho do ano de 1893, conforme esta plasmada no
seguinte documento AMNE – «Limites no
Congo e no Lunda», maço n.º 25, armário n.º9 – Presente nos arquivos do
Ministério do Ultramar de Portugal e no Instituto de Investigação Tropical da
Sociedade de Geografia de Lisboa, o mesmo Instituto que havia financiado a
viagem do Sr Henrique de Carvalho para as terras da Lunda.
A
mesma acta da delimitação das respectivas fronteiras (Angola / Lunda / Estado
Independente do Congo) foi Ratificada entre as Delegações dos respectivos
governos no dia 24 de Março de 1894 em Bruxelas, as assinaturas dos
Plenipotenciários ou representantes de Portugal, da Bélgica e do Estado
Independente do Congo do Rei Leopoldo II, foram celebradas e trocadas a 1 de
Agosto de 1894 em Paris sob mediação Internacional da França na presença da
Alemanha, Inglaterra e do representante do Vaticano.
Portugal
em 13 de Julho de 1895 funda o primeiro governo do distrito militar da Lunda com
sede em Malange e posteriormente na Vila cidade de Henrique de Carvalho “SAULIMBO”,
tem como seu primeiro Governador Henrique Augusto Dias de Carvalho e produziu a
Lei nº8904 de 19 de Fevereiro de 1955, a Lunda foi atribuída a letra “G”,
Brasão e a Bandeira.
Para
aqueles que acompanham o dossiê Lunda Tchokwe e o comportamento dos Governantes
Africanos em particular o caso dos dirigentes angolanos, que mais parecem serem
aportuguesados de ocidentais do que propriamente africanos, estão convencidos
de que sem violência armada o regime do MPLA não vai dialogar sobre a questão
da Autonomia da Lunda.
A
ambição sem procedentes de muitos dirigentes Africanos vem durante o período da
descolonização 1940 – 1980, das independências dos países em África.
Os
poucos intelectuais africanos que passaram as Universidades Européias, os
primeiros a reivindicar os territórios sob ocupação colonial, à vontade deles
de ser presidente de um terminado país em África falou mais alto para a
Juventude dirigente da época, não teve em consideração as questões da natureza política,
histórica e dos costumes dos povos cujos estados eram indígenas, eles partiram para
o seu “EGO” de serem os primeiros e perpetuarem na historia da nova África.
Os
dirigentes do MPLA, da FNLA e da UNITA, dos anos 50 - 60 que fundaram os
respectivos movimentos estudaram a historia de Portugal e das colônias portuguesas
em África, por isso eles todos conhecem a questão da Lunda como Protectorado de
Portugal.
Antonio
Agostinho Neto do MPLA, Álvaro Holden Roberto da FNLA e Jonas Malheiro Savimbi
da UNITA, como lideres dos seus movimentos de libertação, na pele de grandes
intelectuais que eram não estavam alheios a questão do Protectorado Português
da Lunda, não foi em vão o lema do MPLA, “Um só povo e uma só Nação”.
Se
o MPLA não quer dialogar pacificamente sobre a questão da Autonomia da Lunda é devido
aos grandes monopólios com o descobrimento de varias minas (mais
de 200 projetos mineiros sob alçada da Elite do MPLA na Lunda)
e kimberlites de diamantes que já fizeram muitos ricos da elite em Luanda.
LUTA ARMADA
PARA A LIBERTAÇÃO DA LUNDA TCHOKWE.
O
Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe; temos acompanhado os acontecimentos
e o desenrolar de vários conflitos armados de lutas de libertação dos últimos 70
anos no Mundo e em África; Sahara Ocidental, Biafra, Eritréia, Kosovo, Sudão
entre outros e o caso Cabinda com a FLEC, incluindo a guerra civil de Angola de
1975 a 2002, a resistência “NÃO –
VIOLENCIA” é o caminho mais eficaz e mais sustentável com vantagem
estratégico para que a Lunda Tchokwe chegue mais cedo aos objectivos da sua
Autodeterminação e a realização das aspirações do nosso povo.
Pela
mesma experiência, o Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe não opta
pela guerra ou violência armada para não ser conotada de um grupo de
malfeitores, terroristas ou de uma Associação de Criminosos conforme
argumentações do regime do MPLA em 2021 quando foram assassinados os mais de 106
cidadãos manifestantes da vila mineira de Cafunfo naquele ano.
Naquele
pretérito ano fomos acusados de Associação de malfeitores, ultraje de símbolos
nacionais e de rebelião ou simplesmente Rebeldes da Lunda, onde não aconteceu
absolutamente nada de que foi noticia a nível oficial que o mundo acreditou.
SOMOS CONTRA
VIOLENCIA ARMADA
As
grandes estratégias militar do regime angolano tudo tem feito meticulosamente
para cairmos em grandes erros sobre violência armada, tem usado muitas vezes a
linguagem da existência de instabilidade política na região das Lundas,
aconselhando estrangeiros do ocidente para não se deslocarem ao território.
O
próprio regime pode criar tumultos violentos armadas para depois atribuir sua
acção ao movimento, e dizer que os ditos rebeldes da Lunda Tchokwe estão a
mexer com os interesses econômicos da Comunidade Internacional naquela região e
o movimento cair no descrédito, exemplos de BOKO HARAM e HAMAS na Palestina.
O
Governo do MPLA tudo faz para que o Movimento do Protectorado Português da
Lunda Tchokwe fosse desacreditado pela União Européia, pela ONU, por certos
Estados do Ocidente apoiantes de causas justas para um esforço pacifico e
construtivo e de Instituições Internacionais de que éramos um grupo de
malfeitores a semear terror na nossa própria terra, este pensamento continua na
mente de muitos dos dirigentes da elite angolana beneficiadora dos diamantes da
Lunda Tchokwe.
O
regime ainda manipula a opinião publica, manipula a Autoridade do Poder Tradicional e Religiosa da Lunda Tchokwe por
via de corrupção ou de persuasão para aqueles que neguem colaborar, como
aconteceu em 2021 em Cafunfo onde os Sobas eram contraditórios nas suas
afirmações porque tinham armas apontadas a cabeça.
Como
é que um individuo chamado de REBELDE
sem arma, pode enfrentar a poderosa Forças Armadas de Angola e sua Policia de
Intervenção Rápida a melhor do Mundo bem equipada com armamento modernos?
A
Europa tem feridas da 1º e 2ª guerra mundial, o Japão tem as feridas das bombas
deixadas explodir no seu território, os próprios angolanos continuam a se
acusar mutuamente das atrocidades da sua guerra civil 1975 – 2002.
O GENOCIDIO DE
CAFUNFO, as
suas feridas não terão cura em médio prazo, até porque o dia 30 de Janeiro será
para sempre dia dos mártires da Lunda, com todos estes exemplos, não podemos
destruir e ceifar ainda mais vidas.
As
manifestações estão plasmadas no artigo 47º da Constituição de Angola.
Quando
em Janeiro de 2021 realizamos a manifestação civil, pacifica e sem armas na
vila de Cafunfo, a resposta ditatorial do regime foi detenções, violência
brutal, perseguições, assassinados de mais de 106 cidadãos.
Ao
longo dos mais de 18 anos da nossa existência, mais de 600 activistas cívicos
do Protectorado já passaram nas cadeias, julgados e condenados incluindo o
Líder Jose Mateus Zecamutchima, ainda hoje o regime mantém 11 activistas
cívicos do movimento na cadeia da Kakanda no Dundo, estão lá desde o dia 8 de
Outubro de 2023, acusados no crime de Rebelião.
Na
verdade 11 homens indefesos e ainda assim camponeses, podem na realidade fazer rebelião,
criar distúrbios contra um poderoso estado de Angola, com todo este poderoso
exercito das FAA?
Esta
tem sido a estratégia do Governo de Angola para com o Movimento do Protectorado
Português da Lunda Tchokwe, incapaz de dialogar, vai criando problemas
mesquinhos, mas graves no seio da população, se houvesse violência armada qual
seria a resposta do regime? GENOCIDIO DOS LUNDAS.
O FUTURO
PERTENCE AOS FILHOS LUNDAS
Os
intelectuais, os jovens e a população no geral da Lunda Tchokwe devem continuar
a abraçar a luta de não-violência do Movimento do Protectorado Português da
Lunda Tchokwe como uma única unidade coesa sob a mesma bandeira
independentemente da nossa diferença étnica e religiosa, porque a união ela faz
a força e assenta numa sólida base moral, ética por que pode inspirar e
mobilizar as pessoas para um objectivo comum a nossa autodeterminação por via
de uma ampla autonomia político administrativo financeiro.
Em
2012, o Movimento do Protectorado
Português da Lunda Tchokwe fez entrega a Presidência da Republica de Angola um
dossiê em que afirmávamos que no território da Lunda (Kuando Kubango, Moxico, Lunda
Sul e Lunda Norte) com a sua Autonomia haveria a necessidade de mais
divisão político administrativa de províncias, com uma Assembléia Legislativa Estadual
e uma Câmara Baixa que congregaria o Poder Tradicional, este dossiê foi
entregue também a comunidade internacional.
O
Protectorado Português da Lunda Tchokwe é um vasto e amplo movimento, um
patrimônio político cívico que inclui a sociedade civil organizada, os
intelectuais, as individualidades políticas, religiosas com integridade morais
e acadêmicas em busca de soluções inclusivas e democráticas para o alcance da
nossa autodeterminação por via de não violência e através da reorganização da
mobilização da população, da juventude, da emancipação da mulher e da continua sensibilização
da opinião publica internacional sobre a causa Lunda Tchokwe.
O
Movimento do Protectorado vai continuar a defender os direitos humanos e vai
continuar a defender a devastação do meio ambiente.
A
luta pela AUTONOMIA DA LUNDA TCHOKWE
é a nossa prioridade através dos canais legais e diplomáticos junto da
comunidade internacional; Nações Unidas, União Européia, União Africana,
Instituições Internacionais e aos países
do contencioso da Lunda Tchokwe de Maio de 1891 em Lisboa, Bruxelas e Paris em
Agosto de 1894.
O
Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe vai apresentar nos próximos
tempos a sua Declaração de Princípios em defesa da nossa Autodeterminação por
via de uma ampla autonomia a comunidade Internacional.
Os
nossos militantes, activistas cívicos do movimento, os jovens em torno da JUPLE – Juventude Patriótica e as
nossas mamas da UMULE, União da
Mulher da Lunda Tchokwe, são o garante da continuidade da luta.
A IMPRENSA
ANGOLANA E MUNDIAL
A
questão sobre a reivindicação do processo político da Lunda Tchokwe é mais abordada
na imprensa internacional via radio, TV ou internet do que nos meios de
comunicação locais angolanos estatais ou privados.
Ocasionalmente
os poucos que abordam esta questão, o fazem quando a tumultos ou acontecimentos
como foi o caso Cafunfo 2021, que até a TPA, a RNA e outras emissoras publicas
fizeram debates públicos para nos condenarem sem nunca nos ter dado a palavra
para o contraditório como reza as regras do jornalismo.
A
questão da Lunda Tchokwe sem violência armada é totalmente ignorada pelos
profissionais do jornalismo angolano, que amiúde apelam às autoridades a pautar
pelo dialogo em processos de conflitos armados de outras latitudes.
Acreditamos
nestes profissionais do jornalismo angolano, mais nada podem fazer, porque eles
sofrem de manipulações e de perseguições, muitos já morreram envenenados ou
assassinados. Alguns deles perderam empregos por ter escrito alguma frase
acerca do processo da Lunda.
ASSEMBLEIA
NACIONAL DE ANGOLA E OS PARTIDOS POLITICOS
Qualquer
país democrático de direito que não seja ditatorial tem na sua constituição três
poderes interdependentes e autônomos na sua actuação: (1) Poder Legislativo; (2)
Poder Executivo; (3) Poder Judiciário.
Acreditamos
que Angola como um estado de direito e democrático, sendo a Assembléia Nacional
um órgão autônomo da soberania deveria debruçar-se sobre a questão do processo
reivindicativo pacifico da Lunda Tchokwe.
Dos
220 deputados da Assembléia Nacional, 20 deputados são do circulo provincial
provenientes do território Lunda Tchokwe; Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e
Lunda Norte que representam 2% da presença Lunda Tchokwe no parlamento angolano,
para além de aqueles do circulo nacional e de outros Partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA e do PHA.
Mais
estes deputados e os respectivos Partidos que conhecem o dossiê Lunda Tchokwe, que
deveriam ser os primeiro a provocarem um debate na Assembléia Nacional acerca
do processo, são túmulos de mármore ou de pedras, nunca ouvimos uma única palavra
de conforto ou de simples apoio moral, seria os primeiros na sessão plenária a
nos condenarem se na realidade houvesse violência armada naquele território.
Estamos
solidários com todos os deputados da Assembléia Nacional independentemente da
sua indiferença.
O
justo conhece a causa dos pobres e o Rei que faz justiça aos humildes, terá o
seu trono firmado para sempre.
Provérbios 29.
Comitê Político do
Protectorado Português da Lunda Tchokwe