quinta-feira, 23 de novembro de 2023

ALUSIVO AO 17º ANIVERSÁRIO (2006-2023) DA FUNDAÇÃO DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO PORTUGUÊS DA LUNDA TCHOKWE

 

COMUNICADO DE IMPRENSA

 

 


ALUSIVO AO 17º ANIVERSÁRIO (2006-2023) DA FUNDAÇÃO DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO PORTUGUÊS DA LUNDA TCHOKWE

 

Por ocasião do 17.ª aniversário da Fundação do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, comemorado a 25 de Novembro, o Comité Politico do MPPLT, em nome do Povo Lunda Tchokwe e de todos os seus membros, activistas civicos, militantes no activo e não só, simpatizantes e de aqueles que, mesmo não sendo filhos Tchokwe de outras quadrantes de Angola criada em 1482 sob Bandeira de Portugal, sua colónia e província ultramarina até 1975, que no seu dia a dia apoiam a luta pacifica da “Lunda Tchokwe”, pela sua “AUTONOMIA DE ANGOLA” e a Comunidade Internacional, tecer o seguinte:

1.º

O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, ao comemorar este aniversario 17º da fundação desta organização Politica e Cívica, não deixa de apelar a Comunidade Internacional; as Nações Unidas, União Europeia, União Africana, países da SADC, países da CPLP e, em particular Portugal, Bélgica, Alemanha, França, Reino Unido da Inglaterra e o Vaticano, Igreja Angolana em geral e a CEAST, as Autoridades Tradicionais do Mosaico etnolinguístico e cultural, aos Partidos Políticos incluindo o MPLA e o Governo de Angola para a necessidade urgente do “DIALÓGO” sobre o futuro da “Questão da Lunda Tchokwe”.

2.º


O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe vai continuar a defender com bravura e determinação dos seus Activistas e Membros activos a motivar cada vez mais os jovens Lunda Tchokwe a participar na dignificação desta luta para a nossa “AUTONOMIA DE ANGOLA”, por ser nosso direito natural, histórico e jurídico, única via que nos levará ao desenvolvimento económico e social, a única via que nos permitirá a promoção da igualdade de direitos e de oportunidades, única via que nos dará dignidade e valorizará os quadros técnicos e profissionais hoje segmentados, única via que eliminará os preconceitos de origem, de raça, de sexo, de cor, de crença religiosa, de opção política ou quaisquer outras formas de discriminação, actualmente vividos pelo nosso povo.

3.º

O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, exorta a população e a juventude Lunda Tchokwe a se manterem vigilantes e equidistante de actos não abonatórios que visam manchar a reputação da nossa luta, á unidade e coesão de acção conjunta no sentido da materialização do compromisso assumido de trazer a LUNDA TCHOKWE no contexto das nações, reiterando o nosso compromisso firme inalienável de conduzir pacificamente a luta pela via do “DIALÓGO” para a instauração de uma verdadeira AUTONOMIA nos princípios Democráticos e de direito que nos assistem.

4.º

Reafirmamos a nossa disponibilidade desafiando as autoridades do Governo de Angola a “DIALÓGAR” com o MPPLT a qualquer momento e altura, com a presença de todas as forças vivas nacionais incluindo a Comunidade Internacional, na perspectiva de que todos juntos poderemos encontrar uma solução viável para a “Questão da Lunda Tchokwe” a sua AUTONOMIA e juntos construirmos uma sociedade melhor, capaz de dignificar cada cidadão, de corrigir imediatamente as assimetrias ao desenvolvimento sustentável, de acabar com a fome, com a miséria e com a pobreza absoluta, para zelar com a saúde da pessoa humana, materno infantil e velar a vida de jovem mulher, para tornar educação para todos como um direito, para criarmos segurança alimentar e desenvolver a agricultura cujo objectivo a multiplicação do emprego para maioria da nossa população, para potenciarmos o empresário local em detrimento do estrangeiro sem discursos políticos demagógicos.

5.º

O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, considera que, o Governo de Angola, suas autoridades têm sido pragmáticos em tentar resolver questões de conflitos a nível de Africa, apregoam nos seus discursos a não violência, organizam conferencias internacionais como forma de dirimir os tais conflitos internos por via de DIALÓGO como prioridade, até intervindo militarmente de forma pacifica, como recentemente com a aprovação da Assembleia Nacional para as FAAs intervirem na Republica Democrática do Congo e com o processo politico dos Grandes Lagos no geral.

a)     As mesmas Autoridades do Governo Angolano falam da reconciliação Nacional e do perdão sobre os beligerantes do conflito interno angolano que ceifou vidas e degradou a economia, são estas mesmas Autoridades não estão a ter capacidade de resolver a “QUESTÃO LUNDA TCHOKWE” por via do diálogo.

 

 

6.º

O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, considera, se o Governo de Angola, que tem essa capacidade e grandes manobras de resolver os problemas de conflitos de outros países em Africa; o que lhe falta para a discussão interna da “QUESTÃO LUNDA TCHOKWE” a sua Autonomia por via de Dialogo? Será preciso presença da Comunidade Internacional; a ONU, a União Europeia, os Estados Unidos de América, da Alemanha, da França, do Reino Unido ou da União Africana para que o Governo de Angola aceite o dialogo da Autonomia Lunda Tchokwe?

7.º

ANGOLA esta mergulhada numa crise financeira e económica sem precedentes dos últimos tempos, não existe solução há vista para a Lunda Tchokwe em 48 anos da dependência. A situação torna-se cada vez mais perigosa com a instabilidade financeira e da pobreza extrema da imensa maioria das famílias carente por um lado e por outro lado o redobrar do esforço de esmagar qualquer força opositora de opinião diferente por parte do regime governante. Condições humanas e materiais existem para a resolução das imensas dificuldades do nosso povo, desde que o poder politico de Luanda abra as portas para o diálogo.

8.º

“Não existe uma arma poderosa no mundo capaz de silenciar o clamor de um povo” – A todos os filhos Lunda Tchokwe e em particular aqueles que são membros do Movimento do Protectorado Português, da UMULE – braço feminino, os da JUPLE congregação Juvenil do MPPLT, todos aqueles que participam directa ou indirectamente nesta nobre causa; conscientes de que a LUNDA TCHOKWE é histórica e juridicamente um Estado, um País, uma Soberania, um protectorado desde 1885 até a presente data, mas sob jugo colonial, lutem para a nossa Autonomia, “Porque não haverá muro de Jericó que não possa ser derrubado com o nosso clamor”. DEUS EXISTE, venceremos.

9.º

O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, ao comemorar o seu 17.º aniversário da sua Fundação, condena veementemente o uso da força de violência armada policial para as detenções, prisões e condenações arbitrárias das autoridades judiciarias sobre os Activistas Cívicos indefesos da causa Lunda Tchokwe em Particular e de outros activistas da sociedade civil contestatárias ao regime angolano no geral.

a)     Recomenda visão periférica dos governantes na resolução dos problemas por meio de diálogo ao invés de prisões e mortes desnecessárias diante de uma organização politica e cívica sem armas.

b)     As detenções e prisões não vão resolver absolutamente nada, lembramos que desde 2006 mais de 700 pessoas já passaram nas cadeias angolanas na Lunda e o processo mantêm se vivo.

 

10.º

Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, o nosso apelo aos filhos LUNDA TCHOKWE para honrar a memoria dos que perderam vidas no fatídico dia 30 de Janeiro de 2021, para relembrar o sacrifício, a persistência, a miséria, as injustiças, os genocídios, as mortes ao longo dos 48 anos da dependência sobretudo daqueles que em busca da condição sócio económico eram mortos nas zonas de garimpo, rendendo uma singela homenagem à todos os nossos heróis anónimos e mártires da luta por uma genuína AUTONOMIA para a conquista do desenvolvimento, do progresso económico social e da PAZ DURADOIRA.

“Diálogo para Autonomia Lunda Tchokwe”

“Diálogo para a PAZ e o Progresso Social”

“Diálogo para vida melhor e dignidade para todos”

 

Luanda, 23 de Novembro de 2023

O Secretariado Executivo Nacional do

Comité Politico do MPPLT

 

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