Nos
termos do artigo 47º da Constituição de Angola de 2010, todos os cidadãos no
interior deste território deveriam ter o direito de se manifestar, como forma
de reivindicar a violação dos seus direitos ou forma de exigir que as
autoridades do Governo cumpram com as suas promessas eleitorais e outros.
As
pessoas ou os organizadores de manifestações recorrem dos instrumentos jurídicos
e comunicam as autoridades da realização da mesma com antecedência conforme estipula
a lei em vigor.
Sabemos
que o regime angolano é o primeiro que viola as leis por si aprovadas. As manifestações quando realizadas pelas associações
ou grupos afetos ao Partido da situação, essas são legais, as outras mesmo
cumprindo com o postulado da lei, são consideradas pelo regime angolano de
ilegais, sem lugar a duvidas.
Na
realidade qualquer manifestação a ter lugar em algumas localidades do vasto
território da Lunda, as autoridades angolanas tendenciosamente tendem sempre
manipular a opinião publica, como as mesma fossem da autoria do Movimento do
Protectorado Português da Lunda Tchokwe, com a finalidade de procurar deter os
membros do movimento.
Comportamento
muito perigoso porque sabemos que muitos destes grupos e pessoas que estão a
tentar realizar manifestações são associações legalizadas e tentáculos do
próprio MPLA na Lunda.
Porque
imputar responsabilidades de terceiros ao Movimento do Protectorado Português
da Lunda Tchokwe, isto é na localidade de Cafunfo, onde se ventila da
realização de uma manifestação nos próximos dias a mando, não sabemos de quem.
Fonte
próxima da Policia Nacional em Cafunfo pretende imputar tal manifestação se na
realidade acontecer ao Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe,
como aconteceu no pretérito dia 8 de Outubro de 2023, onde 11 membros da
organização encontram-se detidos há 6 meses na Kakanda no Dundo, acusados de
crime de rebelião, manifestação que não foi da autoria do MPPLT.
As
administrações do Cuango e do Cafunfo sabem quem são os organizadores da
manifestação que terá lugar naquela localidade se acontecer...
Não
é o Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe.
Como é possível um Reinado
passar a ser uma Associação?
Se
a constituição de Angola reconhece claramente a existência do PODER TRADICIONAL, onde se enquadra as
questões ligadas aos povos autóctones, seus poderes ancestrais, sua cultura e
costumes, logo não é possível que alguém que se lhe reconheça como Rei de um
determinado povo e uma cultura, de repente passa a uma Associação para defender
um punhado de seus associados e reclamar ser Rei.
Desde
o século XIX, o único reinado conhecido na região é o do Muatxissengue Watembo,
representando a população da Lunda Tchokwe, o Reinado do Mwene Mbandu dos
Bundas e do Mwene Vunongue de povos Nganguelas e outros a par do Reinado da
Mussumba do Muatianvua na RDC.
Nunca
ouvimos que estas entidades foram transformadas
Temos
agora na Lunda Tchokwe mais um REINANDO
que é uma ASSOCIAÇÃO.
Relados
dizem que temos agora mais um Reinado na Lunda agora transformado
A
referida Associação terá enviado cartas aos Governos da Lunda - Norte e da
Lunda – Sul, copiando também as administrações municipais, Comunais e comandos
da Policia Nacional, avisando que vão recorrer às distintas localidades cujo
objetivo é o cumprimento do seu absurdo programa para disciplinar as etnias,
tribos, línguas e conhecerem a origem dos povos da Lunda.
Segundo
informações, a referida Associação terá orientado seus Associados em Cafunfo e
em outras localidades para começarem a fazer contribuições financeiras para atender
a vida da comitiva da direcção da mesma.
Uma
outra comitiva da Associação encontra se atualmente em Luanda a procura de
apoios das instituições do Governo de Angola e de seu adeptos residentes na
capital para o cumprimento do desígnio.
A
historia da Lunda Tchokwe e da origem dos seus povos é tão antiga que qualquer
vivente que se auto proclamar Rei deveria ter conhecimento dela.
Quando
um Rei se transforma numa Associação, este já não é Rei e não representa
absolutamente os interesses do povo do Reinado, mas sim representa os
interesses dos seus associados. Eu não faço parte desta Associação, este Rei
não me representa
Convido
os cidadãos da Lunda Tchokwe para lerem a Lei das Associações, das ONGs, as
Associações Privadas e os Decretos Presidenciais sobre essa matéria para terem
a noção do que estes indivíduos querem exatamente. Será que eles basearam-se na
lei para a constituição desta Associação?
Por
causa da pobreza extrema, da miséria e da fome, tudo agora serve para a sobrevivência,
utilizando-se de artimanhas e truques como forma de atingir os objectivos.
O
povo Lunda que seja vigilante pelas manobras dilatórias do regime e das pessoas
pela ganância de obter benefícios a custa dos que sofre no dia a dia.
Voltarei
a esta noticia nos próximos tempos...
Por
Samajone em Cafunfo
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